"EU NÃO TENHO UMA ALMA.
EU SOU UMA ALMA.
EU TENHO UM CORPO."
C.S. LEWIS

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Não Há Nada

Não há cor, amor
Não há flor, amor
Não há nada, há
apenas este amargor!

Não há algum deleite e nem um
enfeite que possa a vida ataviar
Não há  ninguém, amor, que eu
aceite colocar em teu lugar

Não há sequer um brilho,
Nem há sonhos, meu amor, para sonhar
Não há fantasia, amor
Ou um sorriso, amor,
Nem há música que me possa
alegrar.

Não há nada, amor, que consiga
fazer minh'alma sorrir.
Desde que te foste
não há como definir
o vazio que tomou conta de mim...

Ariadne Cavalcante
Rio de Janeiro, 30.10.10

http://recantodasletras.uol.com.br/audios/poesias/37631

domingo, 26 de dezembro de 2010

Quem és tu?

Quem és tu? Dizei-me, por favor!!
Por que me vens na contramão??
Quem tu pensas que és, ó meu amor,
Prá invadir sem chaves o meu coração??

Quem és tu, oh meu amor?
que de mim se apossa assim feito dono
e faz-me  perder a vontade própria,
a cabeça e o sono?

Quem és tu? Explica-me esse descabido!!
Porque desde que chegaste,
A razão não me faz mais sentido!



Arão Filho e Ariadne Cavalcante


http://recantodasletras.uol.com.br/audios/poesias/37450

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Essa Menina



Uma menina meio tímida,
inquieta, insegura
Guarda ainda algumas

marcas de agruras em si
Essa menina vez por

outra passa por aqui

Ah, essa menina

aparece de repente
E quando menos espero
Faz-se em mim presente!
Caprichosa, ansiosa, airosa

E cheia de prosa.
É no meu peito

que ela ainda chora

Cismou querer ficar

comigo e lhe digo:
Essa menina sente medo
inda guarda alguns segredos sim...
Eu sei, pois agora mesmo
os confidenciou a mim

Ela só faz o que lhe apetece
Quase nunca me obedece
É sempre assim...
Essa menina tem muitos defeitos
e talvez seja seu direito
morar ainda em mim...


Ariadne Cavalcante



 

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

... Por Falar em Felicidade


...Por falar em felicidade,

Denuncio-te neste momento
Responsável pela dose exata desta
incrível emoção,

Pois depositas, por entre frestas
O carinho e o desejo,
antes apenas expectação

...E por falar em felicidade,

Tu vens trazendo-me inspiração
E faz-se o renovo, o recomeço
a magia e meu desejo por ti
evidencia-se cada vez mais
nesta paixão



Ariadne Cavalcante

domingo, 5 de dezembro de 2010

Subentendido

Adoro tua
Inesperada aparição,
quando nas entrelinhas,
revelas-me tua emoção!

Admiro se deixas
Subtendida a
intenção...

Ou mesmo se silencias,
Mascarando a sensação,
Pois  basta-me a
certeza de que estou no teu e
tu estás em meu coração!


Lua Nua


Vem, faça-me tua,
Em claras noites de lua
Farás com assentimento
E ao me vires nua,
Verei teu deslumbramento.

Sou Tão clara quanto à lua,
Encantadora e iluminada
Que vive a vagar nua,
Cada vez mais desejada.

Vem, faça-me tua
Num arroubo de paixão!
Em claras noites de lua
Queimo feito um vulcão!


Ariadne Cavalcante

domingo, 28 de novembro de 2010

Pontuação


















Eu te amo,
Ponto de exclamação
Assunto em questão

Espaço... Abre-se um parêntese...
Tu me amas,
Ponto de interrogação...

Dúvidas, incertezas, mágoas
Entre estreitas linhas,
Nas entrelinhas um travessão
No caminho...
Inverso do teu coração...

Parágrafo. Todavia sem
Vírgulas nem reticências, sem
Nenhuma resistência,
Sem qualquer gráfico sinal
Digo-te:
Eu te amo
e ponto final!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Ariadne (Presente recebido da poetisa Janaína Cruz, a quem agradeço de público, por todo o carinho e amizade!)





São ruivos os versos teus
Como pétalas abertas
De um vermelho de Zeus
Refúgios e descobertas

E as estrelas da tua voz?
Revolvem águas paradas
Entrelinhas e doce foz
Assim como sois na madrugada

Nunca baixe os teus olhos
Fixe-os na vida, no horizonte
Nem crucifique teus passos

O amor bebe em tua fonte
Olhe os lírios no campo
Estão agora cobrindo o monte.


Janaina Cruz
Em 24 de novembro de 2010 10:17

 A foto é presente da poetisa e mas um talento que nos revela ! Ela disse que essa sou eu! Rss! Até que parece... Rss!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Paixão da minha vida



Paixão da minha vida
Doce amargo, sabor de ilusão
bússola perdida
encontrei-me sem norte,
Atalho, desvio, digressão

Paixão da minha vida
Caminho sem volta
Paz interrompida,
Pensei-te saída, entrada
foste para a perdição

Paixão da minha vida
Que me fez sonhar tanto
para em pesadelo acordar
Sem jamais encontrar acalanto


sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Alma de Poeta



Hoje sinto como o poeta sente
uma serenidade dúbia,
Uma calma aparente,
alma afastada de tudo, o
Peito a bater sofregamente

Hoje quero como o poeta quer
Uma solidão cultuada,
Bem vinda madrugada!
Um pensamento na alma...
Quero neste momento tudo,
n’outro já não quero nada

Hoje tenho como o poeta tem
Umas dúvidas, uns receios,
frases mal feitas, contrafeitas
Umas palavras... Segredos que truncam
E alguns versos que não satisfazem nunca...